Porque votar em Carlos Aleixo e Sydnei Kempa para a reitoria da UNESPAR

Banner da chapa UNESPAR de todos nós
Banner da chapa UNESPAR de todos nós, com a foto dos professores Carlos Aleixo e Sydnei Kempa

Na eleição para Reitor da UNESPAR que ocorrerá dia 27 de setembro vou votar na chapa UNESPAR de todos nós, formada pelos professores Carlos Aleixo e Sydnei Kempa.

Os motivos que me levam a votar na chapa Aleixo/Kempa não estão nos documentos que as chapas colocaram à disposição da comunidade (nesta página): plano de gestão das chapas e currículos dos professores candidatos. Elaborar um bom plano de gestão é uma coisa necessária, mas não suficiente.

A chapa Unespar de todos nós tem um bom plano de gestão (documento aqui). Ele foi construído a partir da experiência de participação nas instâncias de criação e consolidação da UNESPAR nos últimos anos. Dá pra entender melhor lendo o documento, especialmente o histórico de criação da universidade. A UNESPAR passou a existir de fato em 2013 com o decreto de criação.

Mas o diferencial, que me leva a votar em Carlos Aleixo e Sydnei Kempa é a experiência de ambos e o engajamento já demonstrado em fazer da UNESPAR uma grande universidade, mesmo sem as condições ideais de gestão.

Os professores Carlos Aleixo e Sydnei Kempa

Conheço os professor Carlos Aleixo e Sydnei Kempa por que trabalhei na gestão da universidade. Fui Diretor do Centro de Música e Musicoterapia do Campus de Curitiba II na gestão 2014-2016. Como tal conheci a capacidade do professor Sydnei e atesto seu excelente trabalho na Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas. E pude observar o trabalho do professor Carlos Aleixo como atual Reitor.

Foi o trabalho do professor Sydnei que garantiu que não ficássemos sem professores em sala de aula, agilizando os Testes Seletivos e as contratações, solucionando as questões mais graves que temos, no âmbito do que era de competência da universidade. (Porque no que depende do governo do Estado já teríamos fechado a UNESPAR há tempos.)

Também conheço a habilidade do professor Sydnei em conversar com as pessoas, ouvir as demandas e manter uma postura sempre exemplar no trato com os colegas e subordinados. O que não significa que ele tenha fugido aos enfrentamentos necessários. Pelo contrário, o professor Sydnei tem a coragem necessária para enfrentar os problemas, e o fez em várias ocasiões conforme pude testemunhar quando diretor.

O professor Carlos Aleixo tem a competência política extremamente rara e necessária para gerir uma universidade tão complicada quanto a UNESPAR. Com campi espalhados em 6 municípios cuja distância entre eles chega a mais de 600 km, as disparidades regionais poderiam causar a completa desagregação da UNESPAR. Sob a direção do professor Carlos Aleixo, as rivalidades regionais estiveram sob controle,  a distribuição de recursos, pessoal e cargos foi o mais equânime possível, e a complexa geografia não tornou a UNESPAR disfuncional.

Nos conselhos superiores e na relação com a comunidade

Carlos Aleixo tem grande habilidade na presidência das reuniões de Conselho, e uma clara visão política de onde a universidade pode e deve chegar. As limitações atuais são muitas, mas sua gestão mira no potencial de uma universidade que pode se tornar  a maior e mais efetiva do estado. Já é a mais capilarizada (pela presença em diversas regiões) e a única presente na capital.

Os objetivos da gestão Carlos Aleixo não miram apenas na excelência acadêmica e no crescimento voltado para as demandas internas do corpo docente e discente. Aleixo tem a clareza de que a UNESPAR tem importância em regiões que não participam dos grandes polos consolidados de desenvolvimento do estado. Estas são as regiões onde já estão as outras universidades estaduais mais antigas. Por isso, sua gestão preocupa-se, principalmente com o perfil dos alunos da UNESPAR. São trabalhadores que muitas vezes precisam se deslocar de seus municípios diariamente para as aulas. A inserção social e regional da universidade é seu grande condão. Uma universidade que não pode se fechar em si mesma.

Desafios da próxima gestão

A UNESPAR vive às voltas com os problemas normais que hoje enfrentam as universidades estaduais. As finanças estaduais estão em frangalhos e governador, secretários e deputados mal sabem o que é uma universidade. Assim, as universidades do estado estão todas condenadas a minguar sem contratações, sem custeio básico e sem investimento de nenhum tipo. Isso é ruim para todas as universidades mas representa menos drama para quem já está em situação estável. Universidades mais antigas têm grandes construções, campi universitários estruturados, grande número de funcionários, pós-graduações consolidadas e um nome construído no cenário brasileiro.

A UNESPAR é uma universidade que ainda não tem estrutura física: faltam salas de aula, laboratórios, espaço de trabalho para professores e espaço de convivência e atendimento par alunos. Faltam sobretudo agentes universitários, em proporção de cerca de 1 para cada 9 professores ou 1 para cada 80 alunos. Não dá pra comparar esta proporção com UEM ou UEL, que tem número de professores ou alunos semelhante ao da UNESPAR, mas 10 vezes mais funcionários técnico administrativos.

Isso significa que o próximo Reitor da UNESPAR tem que ser alguém com altas habilidades políticas para circular entre secretários estaduais e deputados. Capaz de convencê-los dos problemas da universidade, sem ter ainda a capacidade de pressão política que as mais antigas já construíram. A UEL, por exemplo, tem um ex-professor que hoje é deputado estadual.

Eu duvido que hoje na UNESPAR haja alguém com tanta experiência e capacidade para enfrentar estes desafios quanto o professor Carlos Aleixo. Some-se os desafios internos: manter o equilíbrio regional e respeitar as especificidades. Para isso, será preciso evitar a supremacia dos campi mais estruturados da região norte. E respeitando as particularidades de cada campus em suas demandas específicas (como os cursos da área de artes nos dois campi da capital).

Apoios consolidados

Além das qualidades e capacidades já explicadas acima, a chapa UNESPAR de todos nós já reúne apoios consistentes entre a comunidade acadêmica. A ponto de ter a certeza de poder montar uma equipe qualificada (coisa que Carlos Aleixo já fez na atual gestão) e de contar com bom trânsito institucional e político em todos os campi.

Porque eu tenho a certeza de que isso significará trabalho qualificado, experiência de gestão, habilidades políticas e a UNESPAR no rumo certo – por isso voto Carlos Aleixo e Sydnei Kempa para Reitor e Vice-Reitor da UNESPAR.


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