Conheço o prof. Fabio Poletto há vários anos e tenho com ele uma experiência não apenas de amizade, mas de parceria de trabalho. Desde os tempos em que éramos estudantes, quando fizemos muita coisa juntos, principalmente na pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado). Até mais recentemente, como professores, eu na FAP e ele na EMBAP, desde 2011 trabalhando juntos no mesmo Grupo de Pesquisa e mais recentemente convivendo em reuniões administrativas (eu como coordenador de curso ou diretor de centro, ele como chefe de divisão de pesquisa). Mais importante de tudo, convivi e trabalhei intensamente com o Poletto na comissão que está propondo o mestrado em música, formada por professores da EMBAP e da FAP.
Devido a esta parceria posso atestar que o Poletto tem grande capacidade de trabalho, não tem medo de cara feia e faz as coisas com grande eficiência. Ele tem pautado seu trabalho pela ética, pela capacidade de colaboração, pela sinceridade em ouvir e sobretudo pela habilidade em fazer tarefas difíceis. Tem a capacidade de cumprir prazos, mesmo fazendo várias coisas importantes ao mesmo tempo.
Acredito que essas qualidades são essenciais e farão dele um ótimo Diretor de Campus. Vocês podem achar que eu sou suspeito para falar dele, e que tudo que escrevi acima é puxa-saquismo. Não é. Mas em todo caso, sigo com algumas questões mais específicas que me levam a considerar que a candidatura dele representa um passo muito importante para o futuro da Belas.
Antes de falar de outras coisas é preciso salientar que o Poletto constiuiu uma ótima chapa com o Eloi. Acompanho o trabalho do Eloi como Conselheiro no CEPE da UNESPAR, do qual também faço parte, e ele tem sido lá uma voz ponderada, um cara que vem com os documentos lidos e com posições bem fundamentadas. Também convivi com o Eloi durante a greve, e pude perceber como alguém com o conhecimento dele faz a diferença em momentos difíceis. Nas oportunidades em que confraternizei com ele em meio a reuniões do CEPE pelo interior do Paraná, ganhei motivos para considerá-lo uma grande pessoa, um bom caráter.
Pensando estrategicamente: o futuro da UNESPAR terá de passar pela melhoria da oferta de trabalho de agentes universitários, nosso ponto fraco. Temos poucos agentes em comparação com as outras universidades e com nosso número de alunos e de professores. Isso significa que o trabalho administrativo fica sempre comprometido, com resultados catastróficos para o funcionamento da UNESPAR. Uma chapa com um professor e um agente universitário parte de um diagnóstico correto da situação: a UNESPAR precisa da participação ativa dos agentes universitários na sua gestão. Temos experiência positiva neste sentido na FAP – elegemos uma Direção de Campus com a professora Pierângela e o agente universitário Marcelo. Já estamos colhendo resultados positivos.
Talvez a principal questão seja pensar qual o diferencial do Poletto em relação aos demais candidatos.
Pouco conheço o Carlos Iansen, e tendo a dizer que a folha de serviços dele na EMBAP e na UNESPAR é pequena ainda para que seja alçado a um posto tão importante. Não sei em que ele traria colaborações.
Conheço bem e me considero amigo do Marco Koentopp, e não há dúvida que ele já demonstrou sua capacidade de trabalho, e sua atuação na EMBAP e na cena musical curitibana tem sido destacada.
Mas aí entra a questão que considero estratégica: Fabio Poletto é hoje o candidato que tem melhor trânsito acadêmico e melhor entende o funcionamento da universidade. Como membro do Conselho Universitário desde sua primeira composição, e como Chefe de Divisão ele é um professor que conhece e transita bem com outros campi, com a Reitoria e com as Pró-Reitorias. Além de conhecer bem os documentos e regulamentos da UNESPAR, pois participou de sua elaboração, discussão e aprovação no COU – segundo testemunhos de outros conselheiros, com uma atuação destacada.
Talvez nos anos recentes a comunidade acadêmica tenha pensado que o problema mais grave da EMBAP seja a falta de uma sede própria, onde possa desenvolver suas atividades com as condições necessárias. Esse é um problema grave, mas não é o pior que a EMBAP enfrentará. Há uma tendência natural da nossa universidade investir em estrutura física, e os vários campi com problemas da mesma ordem pressionam por uma solução conjunta que não poderá ser ignorada pelos futuros governos.
O pior problema da EMBAP, e digo isso como aluno egresso da instituição, onde estudei na década de 1990 e fiz graduação e especialização, é seu pouco envolvimento com o mundo universitário – seja o sistema de universidades brasileiro sejam as instituições internacionais. A incorporação à UNESPAR apresenta não poucas dificuldades e desafios, como a reestruturação dos cursos de graduação, a implantação do mestrado, e, principalmente, a visibilidade que a EMBAP tem dentro da universidade, levando em conta que ela tem um número de professores muito maior que o dos outros campi, com um número bem menor de alunos.
Quem não estiver pensando estrategicamente esses problemas, e não for capaz de conversar e argumentar sobre isso com gente de outras áreas do conhecimento não conseguirá segurar a EMBAP, encaminhar sua brilhante tradição para um futuro também brilhante. A EMBAP precisará desesperadamente de um negociador capaz e enérgico, ou, como definiu o professor Márcio Steuernagel em seu Facebook, “o momento requer um estadista”.
Neste sentido estratégico, considero que o Poletto é o homem certo. Votar nele é estar seguro para navegar nas águas turbulentas que a EMBAP enfrentará no processo de consolidação da UNESPAR.
Comentários
2 respostas para “Por que votar em Fabio Poletto para diretor da EMBAP”
Sou Denise Borusch, diretora do Centro de Música da Embap. Conheço os dois jovens doutores e um doutorando, aspirantes a direção da Embap. Jovens porque entraram há pouco tempo. Acompanhei o ingresso deles pois na época, eu era Presidente da Comissão de Concursos. Os três professores, por terem frequentado mestrado e doutorado, conhecem muito bem as estrutura de uma universidade.. Se formos pensar em termos de gerenciamento, o professor Yansen possui graduação em Administração. Ele sempre disposto a dar muitas aulas, assumiu a chefia do Departamento de Instrumentos Polifonicos mesmo sendo recém-ingresso na Embap, nenhum dos outros 15 professores mais “antigos” , aceitou assumir esse cargo. Com a extinção dos departamentos, ele assumiu a Presidência da Comissão do TIDE. Professor Marco, outro corajoso, da muitas aulas, se desdobra pelos alunos. Professor Poletto, se superou como Chefe da Divisão de Pesquisa e Pós-graduação e já muito bem elogiado pelo colega André Egg. Os três candidatos à vice-diretores, Eloi, tem vasta experiência no setor financeiro , graduado em Artes mas conhece muito bem as duas áreas inclusive, nos ajudando com as compras de instrumentos, nos orientando em como pedir boas marcas. Professora Solange, carrega a experiência de já ter sido vice-diretora e como tal, trabalhou muito com a estruturação da Unespar. Professora Jackelyne, pedagoga que veio da UEPG, trabalhou na Fundação Araucária. Dou os meus parabéns a ela que veio para a Embap, mesmo sem conhecer nada das duas áreas, foi aceitando inúmeros desafios os quais, professores antigos, cientes das especificidades de cada área, não quiseram assumir. Ela foi conhecendo, aprendendo e hoje, podemos dizer que conhece muito bem as duas áreas. Confesso que tenho preocupação com a chapa vencedora nessa eleição, não por eles, mas devido ao momento político que ainda estamos vivendo. Não tenho dúvidas que as três chapas são boas, todos comprovará ter garra em tão pouco tempo de Embap.
Oi Denise,
obrigado pelo seu comentário e informações esclarecedoras.
As três chapas são boas, certamente. Continuo considerando Poletto e Eloi como os mais indicados para os desafios que se apresentam para o futuro. Lembrando que minha visão é externa à EMBAP, no sentido de que avalio as chapas conforme a atuação de cada um pode ser percebida a partir de outro campus (ou outros campi) da UNESPAR.