Porque acho que tenho qualidades para ser Diretor de Centro

Este texto faz parte de uma série sobre a minha candidatura a Diretor do Centro de Área de Ciências Humanas, Educação e Saúde do Campus Curitiba II da UNESPAR, que na verdade é o Centro de Música e Musicoterapia com um nome equivocado que será corrigido depois.

A série completa:

Sou candidato a diretor de Centro de Área

Porque acho que tenho qualidades para ser Diretor de Centro

Os problemas e como um Diretor de Centro deve enfrentá-los

No primeiro texto, link acima, expliquei mais ou menos o que são estas eleições e o que são os Centros de Área. Nas linhas a seguir, tento explicar um pouco do que fiz na vida profissional que acho que me credencia a disputar o cargo e ser um bom diretor depois de eleito. São o que chamo de “qualidades para ser Diretor de Centro”.

Como todo bom músico brasileiro minha carreira profissional e trajetória de vida são marcados pela versatilidade e diversidade de ações.

Já fui técnico em eletrônica, já competi em natação, já trabalhei em açougue, supermercado e fábrica. Comecei na música pela flauta doce e passei para o violão. Cantei em coral. Toquei na igreja e toquei em boteco. Toquei sozinho e em grupo. Toquei o que estava escrito e fiz arranjos e composições.

No estudo formal, tenho diploma de Técnico em Eletrônica pelo CEFET-PR (1993), de Licenciado em Música pela EMBAP (1997), de Especialista em Música do Século XX pela EMBAP (2001), de Mestre em História pela UFPR (2004) e de Doutor em História Social pela USP (2010).

Na trajetória como professor, trabalhei em várias escolas de música de Curitiba nos anos 1990 – Instituto Raul Menssing, Rosa Mística, Conservatório de MPB de Curitiba, Escola de Música Paidéia. Em todos estes fui professor de violão. Em Joinville fui professor na UNIVILLE (minha primeira experiência com ensino superior) e na Escola de Música da Casa da Cultura.

Fui professor de disciplinas de música e história na Faculdade Teológica Batista do Paraná, onde trabalhei na graduação e na especialização, orientei monografia e TCC e convivi com uma realidade especial que são as faculdades particulares.

Entrei na FAP em 2004 como professor substituto, e fui empossado como efetivo em 2008, após ser aprovado em concurso para a disciplina de História da Música Brasileira. Já ministrei diversas disciplinas nos cursos de Licenciatura em Música, Bacharelado em Música Popular e Musicoterapia.

Violão, Prática de Conjunto, Harmonia, Percepção, Arranjo, História da Música. O que aparecia a gente tinha que pegar.

Também já trabalhei em muito cargo administrativo: Comissão de Vestibular, Coordenação de Pós-graduação, Comitê Assessor Local do PIC, Grupo de Trabalho do Mestrado Interdisciplinar em Artes, Coordenação do Bacharelado em Música Popular (2011-2013), Comitê Interno de Pesquisa (CIP).

Além disso, continuei prestando serviços a outras instituições acadêmicas e/ou à comunidade. Fui membro da Subcomissão da Área de Música do Mecenato de Fundação Cultural de Curitiba (2012-2013). Fui duas vezes membro do comitê avaliador do Fundo Municipal de Cultura em Joinville. Sou consultor ad hoc e parecerista da FAPESP desde 2011. Emito pareceres para diversas revistas acadêmicas. Já fui convidado a bancas de mestrado e doutorado na UNICAMP, UNESP, UFPR e UNB.

Faço parte do grupo de trabalho que está propondo um mestrado em música no Campus Curitiba I (EMBAP).  Desde 2011 lidero o Grupo de Pesquisa em Música, História e Política, que acaba de virar Grupo de Pesquisa em Música, Cultura e Sociedade (para ficar mais adequado aos propósitos da linha de pesquisa do futuro mestrado). Trabalhei na organização de um Congresso que resultou nestes Anais.

Escrevi bastante na internet, mantendo diversos blogs em vários momentos e endereços desde 2007. Em alguns momentos tive blogs para cada matéria que lecionava, além de editar o Um drible nas certezas no portal O Pensador Selvagem, colaborar no Amalgama e manter o blog História Cultural no portal do jornal Gazeta do Povo.

Sou casado há 16 anos com a Maris, e tenho dois filhos: a Mariana de 10 e o Heitor de 8.

E no que isso tudo me habilita?

Você deve ter percebido aí que o meu negócio tem sido sempre fazer muita coisa ao mesmo tempo. Acho que isso é uma coisa importante para quem pretende ser Diretor de Centro neste exato momento.

Em instituições consolidadas, um diretor é assessorado por uma equipe, e conta com estrutura física para desenvolver seu trabalho. Não é nosso caso na UNESPAR/FAP. Tudo está para ser criado. O diretor de centro vai precisar batalhar por uma sala para trabalhar, um assessor, vai colaborar com a criação do Conselho de Centro e trabalhar com este conselho na criação de um regimento.

É serviço pra mais de metro, e precisa de alguém com disposição pra quebrar pedra.

Mas não é só isso. A principal questão, que me preocupa na definição dos rumos que a coisa vai tomar nos próximos anos, é que é fundamental que as coisas se estabeleçam por um caminho DEMOCRÁTICO. A participação democrática é uma cultura que exige muito trabalho para ser criada, e essa será a principal missão dos primeiros diretores de centro.

Se eu tivesse que dizer aqui qual é minha qualidade mais importante para ser diretor, é exatamente esse compromisso com a transparência das ações e com as decisões colegiadas. A certeza de fazer uma boa gestão vem da certeza de trabalhar com os colegas que conheço bem, que são os Coordenadores de Curso e os membros eleitos do Conselho de Centro.

De mim como diretor poderão esperar alguém que trabalha ombro-a-ombro. Será uma gestão de dentro pra fora: levando as demandas e buscando as soluções para os inúmeros problemas e limitações.

Mas quais são os problemas e quais são as linhas gerais da minha proposta de atuação? Isso é coisa para o próximo post da série.

Aliás, veja também a página que fiz com links para alguns documentos importantes para este processo eleitoral: está aqui.


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