Retrospectiva 2015: livros

É até meio temerário escrever esse post agora, porque faltam alguns dias pro ano acabar, e pode ser que eu leia ainda alguma coisa, já que as férias são o tempo de leitura por excelência. De qualquer modo, o que vier depois entra na contabilidade de 2016.

Não sei se vou lembrar de tudo que li – é mais provável que não. Também não leio muitos lançamentos, então essa lista aqui não é dos livros lançados em 2015, é só a dos que eu li este ano e não me esqueci que li. Normalmente isso significa aqueles tive tempo de escrever sobre, nem que seja uma avaliaçãozinha na Amazon. Então, os livros e os links para meus comentários.

Pra vocês verem o grau do meu atraso, e porque não fico comentando aqui os lançamentos do ano. Ainda não terminei sequer os livros relevantes do século XVIII, muito menos os de 2015. Em 2015 foi que eu li pela primeira vez a Jane Austen, e entendi porque ela é justamente um dos autores mais lidos de todos os tempos.

A abadia de Northanger

Razão e sentimento

De clássicos antigos para lançamentos um pouco mais recentes (mas também já clássicos):

O Umberto Eco é realmente muito fera. Li, e terminei com vontade de ler de novo várias vezes, O cemitério de Praga – uma história de espionagem no século XIX que parece a ficção mais esdrúxula mas é tudo verdade. No mesmo estilo, o lançamento Número Zero. Resenhei os dois:

Umberto Eco: Número Zero

Literatura e história: Umberto Eco, O cemitério de Praga

Sobre história e religião, assunto muito de meu interesse, tem um baita livro agora em português. Muita coisa importante sai em inglês, a gente fica por fora no nosso mercado editorial. Simplesmente obrigatório esse aí, bom demais para quem já tinha os fundamentos históricos da fé bem abalados (até ajuda a dar uma levantada, mas esse não será o efeito para a maioria, acho):

Reza Aslam: Zelota – a vida e a época de Jesus de Nazaré

Sobre as matérias que dou aula:

Já uso faz um tempo, mas não tinha terminado de ler. Agora fiz uma resenha, e acho que é livro clássico obrigatório nas bibliografias especializadas bem como nas estantes de curiosos:

Tim Blanning: O triunfo da música

Dois livros que tocam a questão do modernismo literário no Brasil, que resenhei pro Amálgama:

De Mário para Drummond (sobre o volume de cartas do paulista editado pelo mineiro relançado pela Cia. das Letras)

Entre a literatura, a crítica e a ação (sobre Cenário com retratos, coletânea de Antonio Arnoni Prado)

Talvez o mais importante de todos eu ainda não li. Só comecei. Mas justo eu que vivia reclamando que não tínhamos uma biografia do Henrique Alves Mesquita. Dos personagens esquecidos, certamente o mais importante. Termino de ler e faço resenha em 2016, sem dúvida:

Capa do livro escrito pelo historiador Antonio José Augusto
Capa do livro escrito pelo historiador Antonio José Augusto

E por falar em livros que não terminei, tem um que li o suficiente para dizer que é essencial, e que junto com os blogs de economia que tem no meu feed, estão me ajudando a repensar totalmente minhas posições. Importante demais buscar informação qualificada, pra não ficar tão por fora no debate político econômico.

Marcos Mendes: porque o Brasil cresce pouco.

(o link é para a edição kindle, outra provável resenha aqui para 2016).

Talvez o mais importante dos últimos tempos, li com muito interesse e pretendo ler mais vezes. A resenha não consegue captar nem 0,5% – obra obrigatória:

O capital no século XXI, de Thomas Piketty

E entre outras coisas agradáveis, que fiz comentário na Amazon e não vou resenhar no blog:

John Steinbeck, Ratos e homens

Amós Oz, Entre amigos

Outra lista, bem mais útil que a minha, é a seleção dos melhores de 2015 pelos colaboradores do Amálgama.

E agradeço ao Drunkeynesian por ter feito uma lista dos livros lidos em 2015, com livros que não foram lançados em 2015. Era o empurrão que eu precisava para publicar este texto. Eu ia fazer, depois não ia mais, e acabei fazendo depois de ler a lista dele.

Ao final, mas não menos importante:

Foi editado em 2014, e saiu com data daquele ano. Mas só em 2015 tivemos em mãos, foi para as livrarias e teve lançamento o Arte e política no Brasil: modernidades, que organizei junto com Artur Freitas e Rosane Kaminski. Sem querer parecer pretensioso, o melhor livro do ano e dos próximos. Compre, compre, compre:

Arte e política no Brasil: modernidades (o livro e seu processo editorial)

Sobrecapa
Sobrecapa

E é também em 2015 que foi editado meu primeiro livro autoral, embora ainda não esteja nas livrarias, nem tenha sido feito o lançamento. (Como a gente perde a paciência com processo editorial depois que acostuma a apertar um botão e ver o texto publicado em blog!)

O livro ainda não saiu, mas já está editado (vai entender)
O livro ainda não saiu, mas já está editado (vai entender)

Espero que em breve também com links para comprar.

Por fim: 2015 foi mais um ano em que comprei muito mais livros do que fui capaz de ler. Agora maior ainda que a lista de livros que comprei e ainda não li, é a lista de livros que QUERO, PRECISO comprar. Parte dela está aqui.

P.S. A série completa desta retrospectiva:

Retrospectiva 2015: livros

Retrospectiva 2015: filmes e séries

Retrospectiva 2015: os concertos que assisti e os concertos que não assisti


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