Texto antigo, publicado originalmente em 2 de abril de 2010

Jesus passou a semana em Jerusalém, ensinando no templo e falando às multidões.

No último domingo, para entrar na cidade, ele instruiu os discípulos a pegarem um jumentinho separado para seu uso em casa de um amigo.

Agora, outro amigo emprestaria um cenáculo para que o messias ceasse a páscoa com os discípulos. A comemoração da saída do Egito, era feita com pães ázimos, ervas amargas e um cordeiro.

O evangelho de Lucas 22:7-23 narra esta ceia. Mesma narrativa de Mateus 26 e Marcos 14. Alguns notam que os evangelhos não mencionam o cordeiro na ceia. Mas pode ser que a menção à ceia pascal subentendia o cordeiro, talvez fornecido pelo mesmo amigo que emprestou o cenáculo.

Enquanto comiam, Jesus partiu o pão simbolizando a entrega do seu corpo, e compartilhou o vinho simbolizando o derramamento do seu próprio sangue. Era noite de quinta-feira. Saindo dali, Jesus foi preso.

Passou a noite na prisão. Dia seguinte foi entregue a Pilatos, administrador romano. Este o mandou a Herodes, que o devolveu. Por insistência de agitadores foi condenado à morte.

O homem incomodava muito. Especialmente a religião do templo. Era uma ameaça, punha lucros a perder, questionava as interpretações tradicionais da Escrituras. Ia ao Templo, mas dizia que se poderia adorar a Deus em qualquer lugar. Cumpria os rituais, mas dizia que eles não adiantavam. Pregava arrependimento, inclusive aos líderes religiosos. Nem os radicais não gostavam dele, porque não queria pregar contra o império romano.

Pendurado numa cruz. Do meio-dia às três da tarde o céu escureceu-se como noite. Então ele morreu. Outro amigo recolheu seu corpo e deu sepultura. Tudo providenciado antes do pôr-do-sol para que os discípulos piedosos pudessem guardar o sábado.

Era o fim.

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